André Valadão, pastor da Igreja Lagoinha e apoiador do presidente Jair Bolsonaro, gerou indignação ao aconselhar pais a não enviarem seus filhos para a faculdade, argumentando que as universidades podem “destruir a vida dos jovens”. Durante uma pregação compartilhada em suas redes sociais, ele declarou que se a faculdade ameaça prejudicar o futuro dos filhos, os pais deveriam considerar alternativas como vender picolés na garagem ao invés de cursar o ensino superior.
Valadão ainda foi além ao sugerir que as instituições de ensino poderiam transformar mulheres em “vagabundas”. Ele questionou retoricamente se os pais criaram seus filhos para se tornarem pessoas desvirtuadas e desrespeitáveis, insinuando que diplomas universitários poderiam levar ao comportamento promíscuo e instável.
As declarações do pastor foram recebidas com críticas intensas nas redes sociais, com muitos internautas expressando repúdio pelas suas opiniões. Alguns questionaram a responsabilidade de um líder religioso em desencorajar a educação formal, enquanto outros apontaram que o conhecimento acadêmico é essencial para a formação integral e crítica dos indivíduos.
Internautas também enfatizaram a importância do acesso à educação superior como um meio de empoderamento e crescimento pessoal, contrastando diretamente com a visão de Valadão. As críticas se estenderam à percepção de que suas palavras poderiam influenciar negativamente os fiéis, desencorajando-os a buscar conhecimento e desenvolvimento intelectual através dos estudos.
Diante da repercussão negativa, as falas de André Valadão suscitaram um debate sobre o papel das lideranças religiosas na promoção da educação e valores sociais, levantando questões sobre o impacto de discursos que desvalorizam a busca pelo saber acadêmico em favor de ideologias pessoais e religiosas.